Último dia do ano de 2012,
Pouca coisa mudou,
Muitos acontecimentos,
Muita solidão...
Ontem cheguei a conclusão
De que a minha metade feliz foi contigo,
E o que se uniu a minha profunda tristeza,
Foi a sua metade feliz, fiquei inteira...
E assim vou caminhando,
Metade eu, metade você,
Algo foi desconectado,
Algo foi plugado...
O resultado dessa união
Formou uma nova pessoa,
Eu, um Eu ondulada...
Um Eu que tem se esforçado muito,
Eu que alguns dias choro
E em outros dias gargalho...
É, continuo seguindo,
Nesse novo caminho
Que mais parece um labirinto...
Algumas vezes procuro uma saída,
Outras vezes me sinto perdida,
Acuada, desorientada...
E fico apenas sentada
E assim estou, tentando,
Tentando de tudo,
Mas continuo com a certeza
De que o tempo não cura saudade...
O tempo me dá tempo,
Para que eu aprenda a arte do disfarce:
Chorar profundamente, discretamente,
Gritar perdidamente, silenciosamente...
Quando as ondas se erguem
Consigo respirar novamente,
O sorriso reaparece
E eu vivo naturalmente...
Até o dia que novamente mergulho,
Sem ar, sem respirar, sem enxergar...
E as mãos que sempre me acompanham,
Precisam mais uma vez me resgatar!
E amanhã será 2013,
Mas só amanhã!
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